Saiba Mais Sobre o EMP: Erro Máximo Permissível
Medições Confiáveis e Redução de Custos Industriais
Medições válidas e confiáveis são essenciais para avaliar a qualidade dos produtos, desempenho e capacidade dos processos industriais. Esses dados são cruciais para a redução de custos, melhoria contínua dos produtos e processos, além de otimizar os resultados na indústria.
Por trás dessas medições confiáveis, estão processos bem definidos, com requisitos como o "erro máximo permissível" (EMP). Entenda o que é o EMP e sua importância neste artigo.
O Que é o Erro Máximo Permissível?
O erro máximo permissível é um critério de medição, também chamado de limite de erro ou critério de aceitação. É a variação máxima aceitável que o erro de um instrumento pode ter, mantendo a confiabilidade dos resultados.
Antes de falar sobre o erro máximo permissível, é importante lembrar que a qualidade de produtos e processos está diretamente ligada ao cumprimento de requisitos pré-definidos, os quais devem refletir a percepção de valor do cliente. A cremosidade de um alimento, sua cor e sabor são exemplos de valores percebidos pelos consumidores. Mas como transformar sabor, cremosidade ou percepção de valor em requisitos? Esta é uma das tarefas mais difíceis para uma empresa. Compreender o valor percebido pelo cliente e traduzi-lo em requisitos de processos e produtos é uma atividade multidisciplinar que deve envolver toda a empresa.
A tolerância está presente em qualquer processo industrial, na fabricação de produtos, prestação de serviços e comércio. São inúmeros os requisitos que podem ser atribuídos a um processo/produto, como por exemplo a viscosidade de substâncias, acidez de líquidos, temperatura de processos térmicos, dimensões de peças metálicas, armazenamento de vacinas, estabilidade de medicamentos e muito mais.
Com um equipamento de medição adequado e com sua precisão corretamente determinada, podemos definir o erro máximo permissível. Essa informação é de suma importância para avaliar os resultados das calibrações realizadas no equipamento e determinar sua adequação para o uso pretendido.
Para definir o erro máximo permissível, podemos considerar três aspectos diferentes: Especificações dos fabricantes, que apresentam valores definidos de erros, precisão, linearidade, entre outros. Esses valores são utilizados para definir o erro máximo permissível, sendo comum em processos de medição sem tolerância definida; Normas e regulamentos técnicos que apresentam critérios metrológicos bem definidos que podem ser utilizados como erro máximo permissível para os equipamentos, a exemplo de balanças que, no Brasil, devem atender aos critérios da Portaria 236/94 do INMETRO. Por último, é preciso se atentar aos requisitos de processo/produto (tolerância). Uma razão da tolerância pode ser definida como erro máximo permissível para a calibração do equipamento. Geralmente, utiliza-se a relação de 1/3, mas relações de 1/4, 1/5, 1/10 ou maiores também podem ser aplicadas.
Definindo o Erro Máximo Permissível
De acordo com a norma ISO 10012, o erro máximo permissível pode ser definido pelas especificações do fabricante ou pela função metrológica. Profissionais de metrologia geralmente consideram:
- Especificações técnicas do fabricante.
- Normas e regulamentos técnicos.
- Parâmetros definidos pela empresa.
Outras variáveis como condições ambientais, método de medição e variação do mensurando também são importantes.
Importância do Erro Máximo Permissível
O erro máximo permissível é um valor crucial para garantir medições adequadas e confiáveis, essenciais para obter a máxima precisão nos processos industriais. Essa precisão impacta diretamente a qualidade dos produtos finais e a percepção dos clientes, além de reduzir retrabalhos e refugos. Na indústria, um pequeno erro de medição pode resultar na perda de um lote inteiro, causando prejuízos financeiros e perda de clientes.Em uma indústria alimentícia, por exemplo, manter o sabor, cor e textura constantes exige o uso preciso dos ingredientes e o controle rigoroso de variáveis como temperatura, pressão e massa.
Pequenas alterações nas medições podem modificar significativamente o produto final, arruinando lotes inteiros. Se a medição não detectar o problema, a qualidade percebida pelo cliente pode ser afetada negativamente.
Portanto, usar instrumentos de medição com variação fora do permitido compromete a qualidade do produto final.
Aplicação Prática do EMP
O erro máximo permissível é definido por uma razão de tolerância, geralmente de ⅓. Para garantir produtos de qualidade, reduzir custos e visualizar melhorias nos processos industriais, é fundamental monitorar e controlar o EMP.
Por exemplo, Peso = (1,750 ± 0,001 kg), com uma probabilidade de abrangência de 95%. Nesse caso, o valor verdadeiro é desconhecido, mas temos 95% de confiança de que ele está entre 1,749 e 1,751 kg. Com a incerteza de medição conhecida, podemos criar uma região dentro da tolerância chamada zona de aceitação, definindo limites inferior e superior. A publicação do BIPM, JCGM 106:2012 "Avaliação de dados de medição – O papel da incerteza de medição na avaliação da conformidade" apresenta relações métricas para melhorar a medição de processos ou produtos. Ela recomenda, por exemplo, uma relação de 1/10 entre a precisão da medição e a tolerância do processo e uma relação de 1/4 entre a incerteza de medição e a tolerância do processo.
Conclusão
A qualidade dos processos e produtos é vital em diversos setores industriais. Conhecer e aplicar o erro máximo permissível é essencial para manter a confiabilidade das medições e garantir a excelência dos produtos.
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